Conto: Warrior

Guerreiros

de Carlos Cardoso

O estranhamente grande soldado examinava mais uma vez sua carabina M1. John “peewee” Jacobson, soldado de 1a classe observava a curiosidade do companheiro.

“É a mesma que usamos no treinamento básico, não mudou nada”.

“Para mim é novidade. Tão.. rústica, mas ao mesmo tempo tão letal! Existem muitas formas de matar, mas metal contra carne sempre será minha favorita.”

Imbuído de seu espírito patriótico, o jovem soldado reagiu ao comentário.

“Não estamos aqui para matar, companheiro.Estamos aqui para defender a Europa de um terrível mal, e se alemães precisam morrer para que o Mundo Livre possa continuar existindo…”

O soldado grandalhão soltou um ruído de escárnio, sua barba e cabelos compridos (como o sargento dele deixou uma cabeleira assim passar impune?) balançando ao vento,já duros com o sal e a maresia.

“Você näo entendeu nada, pequeno verme (a expressão de quase simpatia contrariou o termo, mas foi isso que peewee ouviu, ou pensou ter ouvido). Porque uma causa é nobre o bastante para se morrer, não quer dizer que ela não seja nobre o bastante para se matar. Morrer é fácil, não requer nenhuma habilidade. Matar fracos, velhos, crianças e indefesos também é fácil. Não há honra nisso, fato que nosso inimigo parece ignorar.

O verdadeiro guerreiro(e nesse momento peewee viu seu companheiro quase como o General Eisenhower) se dispõe a matar por uma causa, e, somente se necessário, morrer por ela. Suicidas não são bem-vindos nem apreciados.”

O motor do pequeno barco Higgins foi ligado. A Ordem havia sido dada. Não haveria mais volta.

“Nossa causa é justa, a vitória é nossa”, disse peewee mais para si mesmo do que para qualquer outro.

“Não!!!”

A voz do soldado grandalhão soou mais alto do que os tiros dos encouraçados que castigavam a praia ainda distante.

“Vitória certa é só um caminho mais curto para a derrota. Nossa causa é justa e POR ELA iremos vencer. NUNCA assuma uma vitória antes de ter o inimigo esmagado sob seus pés. Ele tem tanta fé na própria causa quanto você, soldado! Nunca se esqueça disso. O que em último ponto irá causar a derrota do inimigo é sua atitude de superioridade. Ele insiste em tratar outros humanos como inferiores, age como sequer fossem humanos. Isso é inadmissivel. Promove uma divisão inexistente, que ainda irá trazer muita morte para seu… nosso povo.”

O discurso eloquente do soldado atraia até o timoneiro. Todos no pequeno barco ouviam atentamente as palavras daquele guerreiro. De onde tirara ele tanta experiência?

“Não tratem seu adversário como inferior no campo da honra ou no campo da habilidade. Respeitem o inimigo caído com uma morte honrosa, e acima de tudo nunca deixem seu inimigo achar que sua morte foi injusta. Nada mais desonroso que morrer nas mãos de um covarde de sorte.

Um sargento ficou curioso com aquele soldado. Cercado de garotos, ele era o próprio veterano, e não se encaixava no ambiente, embora ninguém ali tivesse dúvidas de que seria junto dele que ficariam no desembarque iminente.

_Soldado, você serviu na Primeira Guerra?

_Para falar a verdade sim, disse ele parecendo recordar eventos distantes. Verdum foi um massacre, bem pior do que Gettisburg.

Não ocorreu a ninguém que ele estivesse fazendo uma comparação baseada em experiências de primeira mão.

A barragem de fogo naval parou de trovejar, isso significava que estavam perto. O pequeno barco Higgins sacolejava nas ondas das barcaças maiores, sua amurada alta impedia a visão de todos menos o timoneiro. Não que alguém realmente quisesse ver o que os estava esperando.

_E qual foi sua pior batalha, soldado?

Lembranças do único momento onde sentiu realmente medo passaram por sua mente. Também vieram lembranças de um Rei. Aquele humano tinha seu maior respeito, ele o seguiria aos portões do inferno se ele assim pedisse, como na verdade pediu. Seus amigos fizeram troça de sua admiração, perguntando como um guerreiro daquele porte seguia de livre vontade um reles e primitivo homem.

Mudavam de idéia após ver os registros. Leônidas e seus 300 Espartanos enfrentaram até a morte um milhão de soldados persas de Xerxes, e o Comandante Kord do Império Klingon tinha gratidão ao vendedor da Safaris Temporais que o convenceu a lutar ao lado daquele grupo de guerreiros impossíveis.

Agora a plataforma que formava a proa do pequeno barco de desembarque descia em na praia Omaha. Soldados caíam a seu lado, vítimas das certeiras metralhadoras alemães. Indiferente, Kord teve tempo de responder a pergunta do sargento, enquanto abria caminho atirando.

_Minha pior batalha? Termópilas, sargento. Qaplá!!!!!!

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Conto: Babel

BABEL

de Carlos Cardoso

O grande Sol Branco de Taxmar emitia suas línguas de plasma com uma precisão matemática, como tentáculos de pura energia varrendo centenas de milhares de quilômetros de espaço profundo. Indiferente a toda aquela energia, a nave estelar Enterprise passou ao largo da gigantesca estrela, com seu interesse voltado para energias muito menores, mas potencialmente terríveis para o futuro da Federação dos Planetas Unidos.

Trechos do Diário do Oficial de Ciências Spock

“(…) A missão que nos espera não só será um desafio para a Lógica como porá em jogo toda a Ética da Federação e o princípio básico de nossa sociedade. Pela primeira vez a Diretriz-Primeira poderá ser intencionalmente violada. Será que assim abriremos um precedente, jogando fora anos de exploração pacífica do espaço ? ”

Guardando sua estimada e última garrafa de cerveja romulana, o doutor Leonard McCoy coçou a cabeça, procurando no enorme painel de luzes e telas de informação onde estava o relógio.
Ele chegou na sala de reuniões ainda praguejando contra os malditos engenheiros que se divertiam remodelando a nave a cada seis meses, e nunca deixavam as coisas nos lugares.
_Algum problema, doutor ?
_Não, Spock. E por favor sem suas piadinhas de vulcano sobre minha pontualidade.
_Na verdade -disse o cientista de orelhas pontudas- o humor é um conceito que em Vulcano-
_Senhores -Falou o capitão Kirk- Temos uma missão vital pela frente, portanto devemos deixar nossas pequenas rixas para depois. O oficial de ciências poderia por obséquio inteirar-nos dos detalhes da missão ? Creio que o Engenheiro-Chefe Scott não leu com muita atenção os relatórios.
_Scotty já ia protestar, explicando que perdera noites em claro consertando os motores da Enterprise, quando o sorriso de Kirk revelou ser tudo apenas uma brincadeira.
_Como devemos estar familiarizados -começou Spock- Taxmar é um pequeno planeta do setor Mutara, descoberto por sondas automáticas 50 anos atrás. Seus habitantes são humanóides, muito parecidos com os humanos, mas superam qualquer raça da galáxia em criatividade, inventividade e capacidade de adaptação.
Diversas imagens dos Taxmarianos e sua sociedade começaram a passar pelas telas da sala de reuniões. Spock continuou a falar.
_Quando os encontramos, eles ainda estavam em um estágio semelhante ao século XIX na Terra, mas com uma diferença básica. A fonética e gramática das diversas nações de Taxmar
é de tal forma complexa, que pouquíssimos Taxmarianos dominam mais de um idioma. Toda a escrita deles é iconográfica, como os ideogramas chineses da Terra, ou os arabescos de Rigel-7. Várias dezenas de países, cada um com suas regras próprias de comunicação, nunca conseguiram se entender.
_Sendo extremamente belicosos, os Taxmarianos sempre viveram entre suas guerrinhas, como os humanos, até o século XXI. A ciência, como tudo mais em Taxmar, estava atrasada. Descobertas em um país, mesmo que divulgadas, eram inúteis, pois os cientistas estrangeiros não conseguiam sequer ler os trabalhos.
_E qual é o problema do planeta então, Spock ?
_Fascinantemente simples, meu bom doutor McCoy. Há 50 anos eles mal haviam descoberto usos práticos para a eletricidade. 30 dias atrás uma de nossas sondas detectou explosões atômicas na superfície de Taxmar. Neste momento eles estão desenvolvendo protótipos rudimentares de espaçonaves movidas a fusão nuclear. Simplesmente eles pularam todo o processo de foguetes químicos. Nessa progressão em mais 50 anos eles descobrirão o segredo da Dobra Espacial e se espalharão pela galáxia. Crianças com poderes de reis. Eles cometeram o maior -se me permite a palavra- pecado que uma civilização pode ousar: Poder sem maturidade.
_E o que causou isso, Spock ?
_Fácil, doutor. Os Taxmarianos são extremamente inteligentes, e nenhum simples habitante do planeta deixa de se distinguir em alguma área do conhecimento. A massa crítica de cérebros para desencadear tal salto tecnológico já existia, mas eles não conseguiam se comunicar. graças a nós, esse “problema” foi resolvido, e todos eles falam a mesma língua.
_Como, “graças a nós” -perguntou McCoy, indignado.
_Uma de nossas sondas orbitais deixou de se comunicar com a Base Estelar 47, responsável pelas pesquisas neste setor. Apesar de muito difícil de acontecer, esse tipo de revés existe, e é tido como normal. Outra sonda foi providenciada, e a sonda muda foi esquecida. Descobriu-se depois que um meteoro passou próximo à sonda, tocando-a de raspão. Sua órbita foi alterada, e graças a mecânica celeste um barco de pescadores observou uma estrela cadente mergulhar no oceano, voltar à tona e começar a emitir um bip de localização.
_Bonito, eles pegaram uma sonda nossa. E daí ?
_E daí que, depois de analisada por uma junta de notáveis cientistas, nossa sonda foi desmontada, dissecada e, o que é pior, entendida. Entre outras coisas que eles descobriram, foi o nosso Tradutor Universal. Graças a ele todas as nossas comunicações com a maioria das raças da Federação acontecem de forma transparente. Ou o senhor acha mesmo que todos os Vulcanos falam Klingon, Andoriano ou Rigeliano ?
_Eu sei o que é o Tradutor Universal, seu petulante de sangue verde.
_Então o senhor deve imaginar o impacto que ele teve, ao ser copiado e difundido pelo planeta. Logo a sociedade inteira, não só a ciência, avançou de forma assustadora. Muita coisa não era sequer produzida. Ainda na prancheta de projetos se tornava obsoleta de um dia para o outro.
_E você acha que esses Taxmarianos vão representar uma ameaça para a Federação ?
_Eu não acho nada, doutor McCoy. Quem acha são os psicólogos da Federação. E a ameaça não é para a federação, mas para milhões de planetas em condição de inferioridade. Os Taxmarianos estão começando a falar em Espaço Vital e supremacia da Raça Taxmariana sobre as outras intelectualmente inferiores.
_E nós temos o direito de impedi-los ?
Calado até então, James Kirk opinou:
_A questão, meu caro doutor, é: Nós temos o direito de intervir, ou temos o dever de intervir ? Fomos nós que os lançamos nessa corrida tecnológica, mas como podemos retirar o conhecimento que eles obteram ? Nós já enfrentamos situação semelhante, mas, se todos se recordam, os Klingons deram armas de fogos para uma facção de uma luta tribal, e nós demos as mesmas armas para a outra facção, depois de impedir os klingons de futuras intervenções. Nesse caso é tudo mais complicado.
_Com certeza, mas nào estamos violando a Diretriz-Primeira ?
_Um problema filosófico e tanto, senhor Scott. Vejamos o que diz a Diretriz. Computador ! -disse Spock- leia para nós o texto da Diretriz-Primeira.

Uma agradável voz feminina, encobrindo milhões de cálculos por segundo e muitos anos de pesquisa, começou a falar:

_Computando. Diretriz-Primeira, regra ética básica da Exploração Espacial da Federação Unida dos Planetas.

“Como o direito de cada espécie de viver de acordo com sua evolução cultural normal é considerado sagrado, nenhum membro da Frota Estelar deve interferir com o desenvolvimento saudável de uma vida ou cultura alienígena. Tal interferência inclui a introdução de saber, força ou tecnologia superior em um mundo cuja sociedade é incapaz de manejar tais vantagens prudentemente. O pessoal da Frota Estelar não deve violar esta Diretriz-Primeira, mesmo para salvar sua vida e/ou sua nave, a menos que esteja agindo para remediar uma violação superior ou uma contaminação acidental da dita cultura. Esta Diretiva tem precedência sobre todas e quaisquer outras considerações e carrega em si a mais alta obrigação moral”

Um silêncio respeitoso encheu a sala, até que McCoy falou:
_Não seria este o caso de remediar uma contaminação anterior ?
_Sim, doutor, mas para fazer isso teremos que fechar as portas do espaço para Taxmar. Eles iriam cair em um beco sem saída da evolução. Nenhuma sociedade pode sobreviver sem o espaço. Estaremos remediando uma contaminação acidental extinguindo uma sociedade. Valerá o preço ?
_É a existência da nossa sociedade contra a deles, Spock.
_E qual a argumentação lógica que nos prove mais merecedores da existência que eles ? Lembre-se, doutor, eles podem ser moralmente deficientes do nosso ponto de vista, mas o fato de não usarmos a força para impor-lhes nossos valores é que nos torna diferentes. Percamos isso e podemos pedir naturalização Taxmariana.
A sirene de alerta vermelho interrompeu as divagações filosóficas de todos, e enquanto a maioria dos presentes corria para seus postos, o capitão Kirk se dirigiu para o intercomunicador da parede próxima:
_Chekov, o que houve ?
_Um míssel balístico foi lançado. Pensamos que fosse mais alguma guerra-relâmpago no planeta, mas ele vem em nossa direção.
_Muito bem. Analise o poder destrutivo do artefato e assim que ele entrar em uma distância que possa nos causar danos, destrua-o. Estamos indo para aí.
_Aparentemente já sabem de nossa existência -disse Spock, no elevador para a ponte de comando-
_Aparentemente nossa menor preocupação é com contaminação tecnológica. Logo vão nos superar.
Na ponte de comando, a aproximação do mensageiro da morte lançado do planeta não causou muita preocupação. Com os escudos e defletores ligados, a Enterprise poderia resistir facilmente a um ataque com simples armas nucleares. O que contava era a petulância dos Taxmarianos, em atacar uma nave em condição tão flagrantemente superior.
_Devemos responder fogo, capitão ?
_Claro que não, Chekov. Spock, já descobriu como anular o presentinho de nossos amigos lá de baixo ?
_Claro, capitão. A eletrônica deles é bem simples, eles ainda não descobriram a optoeletrônica, e em vez de luz eles trabalham com eletricidade, portanto são vulneráveis a interferências externas e…
_E o quê, spock ?
_Eu acho, e preciso analisar mais um pouco, que podemos eliminar o perigo de Taxmar, respeitar a primeira diretriz e deixar o Universo seguir seu curso.
_Fascinante -disse o doutor McCoy, que acabara de chegar na ponte- Como você pretender fazer isso ? Pedindo para que eles deixem a galáxia em paz ?
_Não, doutor. Mas para isso vou precisar de toda a capacidade de processamento do computador da Enterprise. Isso inclúi os sistemas de defesa, e assim ficaremos vulneráveis a ataques durante a realização de meu plano.
_Certo, senhores. Não vou pedir para Spock entrar em detalhes, pois confio nele o bastante para seguir seus conselhos. Mas antes vamos nos livrar de nosso visitante indesejado. Chekov, qual a distância do míssel de Taxmar ?
_Quarenta mil quilômetros e se aproximando. Torpedos fotônicos e Phasers travados no alvo.
Vamos ver de quê é feito o aço Taxmariano -disse Kirk, rindo e olhando para McCoy, que estava ciente do gosto do capitão por objetos antigos e expressões arcaicas – Senhor Chekov, armar torpedos fotônicos. Disparar quando quiser.
Uma partícula de luz se desprendeu de seu berço da Enterprise, e seguiu firme em seu caminho em direção ao míssel inimigo. Quando o computador interno do torpedo (ele mesmo mais poderoso que qualquer máquina em Taxmar) detectou uma distância mínima entre ele e o míssel, ativou seus circuitos de disparo. Um encontro desigual ocorreu, pois em uma arma nuclear uma ínfima fração de matéria é convertida em energia, e apesar de ser impressionante aos olhos humanos, não é nada comparada a total aniquilação gerada por um torpedo fotônico, quando quantidades de matéria e antimatéria são misturadas, convertendo cem por cento de sua massa em energia.
_Alvo neutralizado, capitão.
_Muito bem. Todos passem o controle de suas subseções do computador para o senhor Spock. Fiquem apenas com o mínimo necessário para operar a nave.
_Obrigado, capitão -disse Spock
Durante horas, com o auxílio dos recursos de processamento da Enterprise, Spock catalogou todas as fontes de informação do planeta, definindo a localização de cada banco de lingüística, cada bit de informação sobre a tecnologia desenvolvida a partir da sonda da Federação. Ao mesmo tempo todo o maquinário construído a partir de tal tecnologia foi localizado. Logo os bancos de dados da Enterprise continham praticamente a descrição de um planeta. Sem contar que os sensores atualizavam em tempo real a posição dos aparatos tecnológicos que se encontravam em movimento, incluindo relógios, rádios subespaciais e armas.
_Estou pronto para executar meu plano, capitão.
_Esteja a vontade, Spock. mas diga ao menos o que vai fazer.
_A idéia básica é simples. Localizei todas as máquinas construídas a partir de nossa contaminação. Pretendo usar feixes de pulsos eletromagnéticos para inutilizar todos os componentes eletrônicos desses aparelhos. Incluindo aí os componentes das máquinas das fábricas de componentes. Eles não poderão fabricar novas peças sem suas fábricas.
_É, seu gênio vulcano -disse McCoy- E que tal as plantas armazenadas nos arquivos deles ?
_Felizmente, doutor, eles já passaram da Idade do Papel. Toda a informação em Taxmar é armazenada digitalmente. Eles somente utilizam papel para diplomas comemorativos e alguns poucos livros. Como nós, atualmente. Assim, e somente por isso, meu plano é viável. Vou apagar toda e qualquer referência a nossa tecnologia dos computadores deles.
_A sociedade vai virar um caos !
_Talvez, doutor. Mas se os Taxmarianos merecem a fama que têm, eles superarão isso, e retornarão ao estado em que se encontravam antes do acidente com nossa sonda. Lembre-se que com o nosso Tradutor Universal, ninguém no planeta se aventurou a aprender outras línguas. terão que começar do zero. Talvez eles se destruam, como quase o fizeram, mas talvez eles aprendam, e essa infância mais prolongada seja o que eles precisam.
_Muito bem, Spock. e quando você vai implementar esse corte epistemológico na sociedade Taxmariana ?
_Andou fazendo sua lição de filosofia, doutor ? Bem, na verdade eu o fiz enquanto conversávamos.
Mais tarde, nos aposentos do capitão, os oficiais da Enterprise se reuniram para comentar (não comemorar) a missão cumprida. Entre goles de cerveja romulana e uísque do Tennesse, McCoy se aproximou de Spock e presenteou-o com um livro, um livro de verdade,em papel de algodão e impresso em alguma tipografia que resistiu a 300 anos de informatização. Havia apenas um cartão com uma dedicatória e um trecho ressaltado pelo marcador de feltro:

“Sempre achei você impossível, Spock, mas dessa vez você
conseguiu se superar em sua megalomania. Mas cuidado”

Leonard McCoy
O trecho marcado ia desde o capítulo inicial da história, e terminava em:

“E são um povo tão empreendedor, disse o Senhor, que ao empenhar-se em um objetivo, não o largarão até tê-lo cumprido”

Gênesis, 11:6

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Rio de Janeiro, 31/8/92

1º MaisHQ em Sobral / CE

I MAISHQ – Encontro de Quadrinhos de Sobral, evento destinado à produção de quadrinhos, que acontecerá no
final de semana dos dias 20 e 21 de março na cidade de Sobral, a 220 km de Fortaleza.

O evento tem como intuito estimular a produção de quadrinhos na região norte do estado do Ceará, amadurecer os contatos
entre quadrinistas de todo estado e discutir a produção de histórias em quadrinhos e as perspectivas para os profissionais da área.
Ele acontecerá dentro 3° Festival de Animê e Mangás  Sobralense – FAMS 3. O evento contará com um ciclo  de oficinas sobre a arte seqüencial, lançamento de diversas histórias em quadrinhos e espaço para venda de material independente.

A organização do evento fica por conta do Grupo Gattai. Segue abaixo a programação:

SÁBADO (20/03/2010)
10h30 –  Oficina: Layout/Montando sua página de quadrinhos – Walter Geovani (Andrea D e Red Sonja) – Limoeiro do Norte.
14h30 – Oficina: Escrevendo roteiros para quadrinhos, mangás e fanzines – JJ Marreiro (Comando V, Manicomics
e Capitão Rapadura) – Fortaleza/CE.
16h – Oficina: Narrativa para quadrinhos – Geraldo Borges (Manicomics, R.E.B.E.L.S e Justice League: Rise of the Arsenal) – Fortaleza/CE.

DOMINGO (21/03/2010)
09h – Oficina: Nanquim e arte final – Rob Lean (arte-finalista do desenhista Ed Benes) – Limoeiro do Norte/CE.
10h – Debate sobre as perspectivas do Quadrinho Nacional – Geraldo Borges Manicomics, R.E.B.E.L.S e Justice League: Rise of the Arsenal) – Fortaleza/CE, JJ Marreiro (Comando V, Manicomics e Capitão Rapadura)  – Fortaleza/CE, Walter Geovani (Andrea
D e Red Sonja) – Limoeiro do Norte/CE, Alex Magnos  (Editora Quadrix) – Fortaleza/CE, Anilton Freires  – Fortaleza/CE, Lederly Mendonça – Fortaleza/CE e outros artistas. Moderação: Zé Wellington (Gattai Zine) – Sobral/CE.
14h00 –  Oficina: Desenho básico – Wescley Braga e Camila Nágila (Gattai Zine) – Sobral/CE.

Entre os lançamentos em quadrinhos, destaco: Gattai Zine #6, Quadrix – Aventura e Ficção #3, Andrea D, As aventuras de Beto Foguete e A espetacular arte de desenhar quadrinhos. Será lançado também o site Laboratório Espacial e o primeiro curso de
história em quadrinhos de Sobral, uma realização do SENAC local.

Mais informações: www.maishqsobral.blogspot.com  ou www.gattaizine.blogspot.com
E-mail: zewellington@live.com
Telefone:  (88) 9973.0990 (Zé Wellington)

Convite enviado por Zé Wellington

Nova Editora

Três amigos abrem uma editora
A Balão Editorial deve lançar até o fim deste semestre livro de contos de ficção científica.

PublishNews – 12/03/2010 – Maria Fernanda Rodrigues

Flávia Yacubian, Guilherme Kroll e Natalia Tudrey têm seus 20 e poucos anos e estão colocando em prática uma ideia que tiveram durante o curso de Editoração da USP: abrir uma editora. Os três já trabalharam na área antes, mas é na Balão Editorial que esperam conseguir publicar os assuntos que os interessam – e de forma independente, como explica Flávia. Até o final deste primeiro semestre devem lançar o segundo projeto – um livro de contos de ficção científica assinado por Álvaro Domingues. O primeiro livro, Os passarinhos (138 pp., R$ 10 incluindo o frete), de Estevão Ribeiro, ficou pronto em janeiro. Outra vontade do grupo: criar um selo acadêmico onde serão publicadas obras sobre editoração, escassas no mercado, e sobre outros temas. Quadrinhos também estão nos planos. Além de editar seus próprios livros, a Balão funciona como um escritório editorial.

 

PublishNews

Fim da Infância

11/03/2010
17h40

Leia primeiro capítulo de clássico de Arthur C. Clarke que chega ao Brasil

Guilherme Solari
colaboração para a Livraria da Folha

A Editora Aleph lança no Brasil “Fim da Infância”, um clássico do escritor de ficção científica Arthur C. Clarke, conhecido por “2001: Uma Odisséia no Espaço” (esgotado no Brasil) e suas continuações “2010 (Vol. 2)”, “2061 (Vol. 3)” e “3001: A Odisséia Final. As obras do autor transmitem uma sensação de deslumbramento do ser humano frente à imensidão do Universo e tecnologias superiores e cunhou uma frase famosa que traduz esse conceito recorrente em sua obra: “A tecnologia, quando avançada o bastante, se torna indistinta da magia”.

Divulgação
Uma das maiores histórias de primeiro contato com alienígenas

Escrito em 1953, “Fim da Infância” foi uma das primeiras histórias de ficção científica de primeiro contato entre a humanidade como um todo e uma espécie alienígena. Apesar de histórias de conflitos com marcianos (“Guerra dos Mundos”) ou de astronautas isolados que encontram civilizações espaciais (“Flash Gordon”) já existirem, a obra foi a primeira a abordar um contato pacífico entre humanos e uma civilização extremamente avançada. Argumento que depois foi usado repetidamente tanto na literatura quando no cinema, em filmes como “Contatos Imediatos de Terceiro Grau”, de Stephen Spielberg e “Contato”, baseado no livro de mesmo nome de Carl Sagan e com Jodie Foster no elenco. “Ou estamos sozinhos no Universo ou não estamos. Ambas as afirmações são assustadoras”, é outra máxima do autor.

A história de “Fim da Infância” mostra as interações da humanidade com uma raça de seres de tecnologia infinitamente superior à humana, chamados de “Senhores Supremos”, e que trouxeram uma nova era de prosperidade e paz na Terra. Os alienígenas são vistos com suspeita por alguns, no entanto, pois se recusam a mostrar sua forma verdadeira, afirmando que a humanidade ainda não está preparada. Os visitantes também demonstram um estranho interesse pelas crianças humanas…

A edição brasileira possui nova tradução, traz o conto “Anjo da Guarda” de 1950, que deu origem ao livro, e também apresentará uma nova versão do 1º capítulo escrita por Clarke em 1989, que depois foi descartada pelo autor por conter inconsistências históricas. Por exemplo, quando criou o livro, o autor estimava que o homem chegaria à lua apenas na década de 70.

Leia o primeiro capítulo de “Fim da Infância” 
Folha Online

Workshop de História do Cinema

A Pandora Escola de Arte promove no próximo sábado, dia 13, um workshop de História do Cinema, ministrado pela filósofa Bell Machado e que tem por objetivo simular como serão as aulas do curso que passa ser oferecido pela escola a partir de abril.
           
Nesta oportunidade, Bell traça um panorama dos conteúdos a serrem estudados no decorrer do curso. “Vamos analisar a história do cinema e sua constituição como linguagem, avaliação do papel do roteirista, diretor, ator e produtor na realização da obra, além do estudo das relações filosóficas presentes na gramática do filme, entre outros aspectos”, explica Bell.

Durante o workshop, será exibido o curta-metragem “Dona Cristina perdeu a memória” e em seguida a filósofa faz uma análise rápida do filme. Para participar do curso não é preciso ter conhecimento de cinema. Ele é oferecido a todos que gostam de ver filmes e tem a pretensão desenvolver um olhar crítico sobre a arte cinematográfica.

O workshop é gratuito, e acontece neste sábado a partir das 9h30 na Pandora Escola de Arte, localizada a Rua Joaquim Novais, 146, Cambuí – Campinas. Vagas limitadas. Reservas pelo telefone 3234-4443 ou escola@pandora.art.br.

Liguei para a escola e ainda existem vagas.

Resumo dos Eventos do Final de Semana

12/3 Física ao entardecer
http://scifibrasil.com.br/2010/03/08/fisica-ao-entardecer/

13/3 Alpha Fiction
http://scifibrasil.com.br/2010/03/05/alpha-fiction-na-escola-municipal-de-astrofisica-ema/

14/3 Elas e o RPG
http://scifibrasil.com.br/2010/03/08/elas-e-o-rpg-%e2%80%93-personagens-marcantes/

14/3 42ª Joga Sampa
 http://scifibrasil.com.br/2010/03/09/42%c2%aa-edicao-da-jogasampa/

42ª edição da Jogasampa

Para quem não sabe a Jogasampa é um evento mensal que ocorre em São Paulo para divulgar os jogos de tabuleiro modernos.

O evento é aberto ao público, frequentado tanto por gamers quanto por novatos.. onde novas pessoas se conhecem, fazendo novas amizades e conhecendo novos jogos. Lembro apenas que o evento é para divulgar os jogos modernos.. e também que os monitores da casa não explicam os jogos para participantes do evento, então se quer conhecer algum jogo.. tem que se misturar com a galera ! !

Quando? 14/03/2010
Das 11:00 às 22:00
Onde: Na Ludus Luderia, R. Treze de Maio, 972 ( www.luderia.com.br )

Valor: Gratuito para quem se inscrever em nosso site (www.jogasampa.com.br), quem não se inscrever pagará o couvert lúdico
praticado pela casa.

As inscrições vão até dia 13/03, às 12:00.

Informado por Tarsis Salvatore do Papo de Quadrinho