por Adriano Siqueira
Primeira parte
4h53min.
180km por hora. A estrada quase não tinha iluminação. Os carros que me perseguiam estavam atirando nos meus pneus. Adoro essa vida… acionei o botão da metralhadora traseira e acabei com um dos carros, mas ainda faltava um. Logo na frente, vejo um pequeno cachorro atravessando a estrada, fazendo um caminhão ficar fora de controle. Eu consigo desviar a tempo, porém o carro que me perseguia, não teve a mesma sorte. Foi uma grande explosão.
Abri a porta do carro e deixei o cachorrinho entrar. Ele estava assustado. Eu devia essa pra ele, afinal, salvou meu dia.
Cheguei no bar na hora marcada. Todas as garotas olhavam pra mim, como se eu fosse a recompensa daquela noite solitária. Uma garota me beijou na boca, com dois martinis, e eu aceitei. Ela apontou para uma mesa, que tinha uma mulher, a reconheci de cara. Seu nome era Jéssica Star. O nome não era pra menos, seus olhos brilhavam, como uma estrela.
– Jonas Krane. O maior agente da rainha, em um barzinho de segunda? Seus gostos mudaram.
– Seus olhos continuam o mesmo, Star. Como as estrelas, você tem brilho próprio.
– Vamos parar com a troca de elogios. Por que me chamou?
– Sem essa Star. Acabei de ser perseguido por dois homens da CIA. Pelo que eu saiba, não estou sendo caçado pela sua agência, por isso estou aqui. Quero saber o que seus homens querem comigo.
Joguei as duas identidades que peguei dos homens mortos.
– Jonas… não estamos sabendo disso. Essas identidades são de homens mortos, há mais de 10 anos.
– Então estão me usando para acabar com a CIA?
– Eu diria que é algo maior, Jonas. Tome cuidado.
Eu me aproximei, beijei a boca da Star e disse.
– Você é meu único perigo.