Por Adriano Siqueira
Segunda parte
11h30min. – No Serviço Secreto.
Meu chefe, como sempre, não olhava para minha cara. Apenas para a papelada na mesa. Sentei e esperei que falasse comigo. Ele me entregou uma pasta para a próxima missão. Olho o documento e vejo a foto de um caminhoneiro.
– Isso mesmo, Jonas, este é o alvo. O caminhoneiro tem a chave para a destruição deste mundo, e você deve eliminá-lo.
– Mas senhor, ele é só um caminhoneiro…
O chefe se levantou e bateu na mesa.
– Não discuta minhas ordens. Este caminhoneiro foi quem você viu ontem, desgovernado na estrada. Ele está vivo e em coma, viu tudo que fizemos. A perseguição do carro da CIA com o nosso. Certamente, ele sabe as placas dos carros, e irá nos reconhecer. Você sabe que não precisamos de uma terceira guerra, principalmente EUA X Inglaterra. Sem falar na vida de um inocente, que colocamos em perigo. O que o governo do nosso país diria? Seu dever, como melhor espião do Serviço, é aceitar esta missão e nada mais, sem comentários, sem direito às explicações. É assim que é.
Eu pego os papéis e carrego comigo, em direção a porta, mas ele ainda fala mais.
– Mais uma coisa, Jonas. Qual é sua relação com a Srta. Jéssica Star?
– É um interrogatório, Senhor?
– Apenas uma pergunta.
– Se é assim, aceito a missão, sem comentários.
Saio da sala batendo a porta, com toda a força, e fico escutando meu chefe gritando como louco, na sala.