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HISTÓRIA DA FICÇÃO CIENTÍFICA - parte 3

texto retirado do site http://orbita.starmedia.com/~necrose/index1.html
as informações contidas no texto são de responsabilidade do autor

Plan 9 From The Outer Space: a obra prima de Ed Wood.
Um dos Classico da Ficção Científica - TRASH (gênero cinematográfico que teve sua Fase de Ouro nas
décadas de 50 e 60)

Ilustração da Saga Galática de George Lucas: "Guerra nas Estrelas", um fenômeno dos cinemas e de marketing. Conta com uma legião de fãs em todo o Mundo. A série para o cinema foi uma das responsáveis pelo resurgimento da Ficção Científica no cinema e televisão durante o final da década de 70 e durante a década de 80

Capa de uma edição do Clássico de George Orwell: "1984" (escrito em 1948)
É considerado um dos maiores romances de toda história da literutura mundial. Uma obra de primeira qualidade que nos mostra que em uma sociedade humana igualitária, que"alguns são mais iguais que os outros".

A famosa Tripulação da U.S.S Enterprise, composta principalmente pelo Cap. James T. Kirk (Willian Shatner), o Médico Sr. Mcoy (DeForest Kelley) e o Primeiro Oficial Sr. Spock (Leonard Nimoy) são responsáveis por um dos maiores fenômenos da televisão mundial com a série "STAR TREK", que foi ao ar durante o período de 1966-1969. Uma legião de milhões de fã no mundo interio ainda cultuam a série, que além de ter dado origem a vários filmes para o cinema, teve ainda duas novas séries para TV, "Star Trek: The Next Generation (1987-) e "Star Trek: Deep Space Nine"( 1992-). Sem dúvida nenhuma, a série Star Trek foi responsável por centenas de produções no ramo da Ficção Científica, tanto na literatura, na televisão e no cinema

Capas dos principais Clássicos de H. G. Wells, "A Máquina do Tempo", "A Ilha do Doutor Moreau" e a "Guerra dos Mundos"
Essas obras revolucionaram a história da Ficção Científica servindo de influência para a maioria dos escritores de Ficção deste Século.

Capa de uma das primeiras edições do clássico de Aldous Huxley(1894-1962): "Admirável Mundo Novo" escrito em 1932, é uma antevisão de um futuro no qual o domínio quase integral das técnicas e do saber científico produz uma sociedade totalitária e desumanizada. É um tema de extremamente atual que fascina o mundo até hoje.

O desenho animado japonês "AKIRA", baseado nos "Mangás" de Katsuhiro Otomo foi outro marco na história da Ficção Científica no Cinema durante os anos 80.

A série para televisão criada no princípio da década de 90 por Chris Carter,"The X-Files" é um dos maiores fenômenos da televisão mundial desde o clássico "Jornadas nas Estrelas".

Dadas as suas possibilidades espetaculares, não é de estranhar que a Ficção Científica tivesse interessado os grandes produtores da rádio, da televisão e do cinema.

Em 1938, Orson Welles e o seu "Mercury Theatre" abalaram os Estados Unidos com um relato, palpitante, da invasão da Terra pelos marcianos criados por H.G. Wells em The War of the Worlds e adaptados à rádio por Howard Koch. A emissão provocou sérias arrelias à população de quatro estados americanos e, mais tarde, com o texto vertido para o espanhol, veio a ter proporções de cataclismo quando da sua transmissão por uma emissora sul-americana.

O cinema se interessou logo pela Ficção Científica. As companhias especializadas em "seriais" não desperdiçaram as grandes fontes de cenas emocionantes que eram as aventuras de Buck Rogers, de Flash Gordon ou do Super Homem.

Mas antes do cinema americano tornar a Ficção Científica mundialmente famosa. O diretor austríaco Fritz Lang produziu na Alemanha, o que hoje é considerado um dos Clássicos do Cinema Mundial: "Metrópolis". Mas as duas correntes menores de Ficção Científica -a "Space Opera" e a profecia técnico-científica- alternaram-se nos anos 40 e 50 tornando-se responsáveis por muita colisão de mundos e por muitas invasões da Terra. Foi a época gloriosa de mutantes animalescos: louva-a-deus gigantes, toupeiras galácticas, formigas e tarântulas com elefantíase. Do céu chegavam discos voadores e robots encolerizados. Na terra pululavam os bicharocos radioativos. Esta onda, que ainda não acabou, foi responsável por muito subproduto. Podemos citar como exemplos os Clássicos Terror-Científico: "A Noiva do Monstro" e "Plano Nove do Espaço" de Ed Wood, considerado o pior filme de todos os tempos (hilariantes, imperdíveis!!)

A televisão também entrou cedo na Ficção Científica, principalmente pelos heróis dos cartoons e revistas. Em 1959, a CBS -decididamente dedicada a uma missão de pioneira- lançou a primeira história da The Twilight Zone, ("Além da Imaginação" no Brasil) imaginada por Rod Serling. A série, muito equilibrada, de boa qualidade literária e apurado nível técnico (infelizmente, era uma exceção), cedo se tornou um dos programas mais famosos da televisão mundial.

A Ficção Científica já tinha se firmado como ramo literário de excelente escritores e obras, mas o cinema e a televisão (com algumas exceções por exemplo temos "A Máquina do Tempo" de H. G. Wells e a "Viagem Fantástica" de Isaac Asimov nos anos 50 e 60) precisavam de alguns marcos de maiores proporções. Foi então que em 1964, Stanley Kubrick procurou o escritor Arthur C. Clarke para que os dois escrevessem um roteiro, como definiu Stanley, para "um bom filme de Ficção Científica". Foi assim que nasceu um dos maiores filmes da história do cinema: "2001-A Space Odyssey" baseado num conto de Clarke de 1948: "A Sentinela". O filme revolucionou a história do cinema, principalmente o ramo da Ficção Científica.

A partir daí, começaram aparecer ótimos filmes (década de 70) como o científico e paranóico "Enigma de Andrômeda" baseado no livro homônimo de Michael Crichton; o clássico "A Laranja Mecânica" do mesmo Stanley Kubrick, baseado no livro de Anthony Burghess; o inquietante "THX-1138" de George Lucas; o polêmico "Hangar 18" e o belíssimo "Contatos Imediatos de Terceiro Grau" de Steven Spielberg. O aparecimento das séries de Irving Wallace na década de 60 e 70 povoaram as televisões mundiais com histórias ingênuas e deliciosamente divertidas. Quem não de lembra do "Túnel do Tempo", "Terra de Gigantes", "Elo Perdido" e do Dr. Smith de "Perdidos no Espaço"??

Mas o maior fenômeno dessa época na televisão foi a série "Jornada nas Estrelas" que deu origem à uma série de longa metragens na década de 80 e 90 e conta até hoje com uma legião de fãs alucinados. Ainda no final da década de 70 apareceram também alguns filmes que marcaram a história do Cinema, como o Ficção-Terror "Alien, o 8º passageiro" de Ridley Scott (que teria outras continuações nas décadas seguintes), o gótico e ao mesmo tempo infantil "O Buraco Negro" e o primeiro filme da série "Guerra nas Estrelas" de George Lucas que geraram uma reviravolta no mercado do cinema mundial e nos chamados "efeito especiais", utilizando o pessoal da produção de 2001, até então esempregados. "Guerra nas Estrelas" também possui uma falange de fãs coléricos até hoje (principalmente com o recente relançamento da série em cópias remasterizadas e com novos efeitos especiais, fazendo parte das comemorações de 20 anos do filme e a anúncio dos outros três filmes que completarão os primeiros 2/3 da saga).

Os anos 80 começaram com um dos maiores sucessos de bilheteria de todos os tempos: "ET" de Steven Spielberg. Apesar de ser um tanto "piegas", é sem dúvida nenhuma, um ícone do cinema mundial (alguém ainda não viu o filme?). Os outros dois filmes da série "Guerra nas Estrelas" ("O Império Contra-ataca" e "O Retorno de Jedi"), os filmes de "Jornadas nas Estrelas" e os filmes da série "De volta para o Futuro" de Robert Zemecks (afilhado de Steven Spielberg) também ajudaram a bater recordes de bilheterias em todo o mundo. Mas não foi só de filmes puramente comerciais que a Ficção Científica marcou a década de 80; filmes clássicos como "2010 - O ano em que faremos contato" de Peter Hyams baseado na continuação de 2001; "Duna" de David Lynch (infelizmente o filme foi completamente "cortado", deixando-o um pouco confuso para que não conhece o livro de Frank Herbert); "O Segredo do Abismo" de James Cameron e Orson Scott Card e o célebre "Blade Runner" de Ridley Scott, baseado no livro de Phillip K. Dick dignificaram o gênero muito mais com suas histórias e teorias do que apenas suas cifras milionárias.

Nos últimos anos, temos notado um reaparecimento da Ficção Científica em seriados de TV, coisa que ficou um pouco distante durante os anos 80. Algumas séries novas apareceram como "Babylon 5" ou "Star Trek: Deep Space Nive"; mas foi a série "Arquivos-X" (The X-Files) que detonou uma febre entre os adolescentes e antigos fãs de séries de Ficção, alcançando uma popularidade comparável à antiga série "Jornadas nas Estrelas". Uma onda de relatos de "OVNIs" e "Intrigas Governamentais" varreram o Mundo usando o tema principal da série.
A jargão: "Os alienígenas estão entre nós" (agora com uma variante": "a verdade está lá fora"), criado durante os tortuosos anos 40 e 50 voltou com força total com todo tipo de relato e denúncias vinda de todos os cantos do Mundo. "Você já foi a Varginha?"

Alguns filmes também marcaram o cinema já no começo dos anos 90. O Mega sucesso "Jurassic Park" de Steven Spielberg (ele de novo) baseado no livro de Michael Crichton bateu todos os recordes do verão americano. Mas alguns novos filmes de "Jornadas nas Estrelas" (agora com a "Nova Geração") e outros como o comercial "ID4" e "Godzilla" serão facilmente esquecidos. Mas outros filmes de maior teor literário e filosófico e artístico também apareceram, como é o caso do belíssimo "Contato" de Robert Zemeckis (baseado no livro homônimo de Carl Sagan); o inquietante "Os 12 macacos" de Terry Gillian, o ótimo Ficção-Terror "Enigma do Horizonte" e o preocupante e próximo "Gattaca".

É notório que hoje, a Ficção Científica fez parte da vida de qualquer pessoa que leu, ouviu ou assistiu alguma coisa durante esse século. Pode-se pensar que todo que poderia se inventado já se inventou, e que o assunto sobre science fiction estaria esgotado. Além de ser um pensamento extremamente obtuso, a Ficção Científica continuará a atrair correligionários ávidos de imaginação e a entusiasmar literatos, desempoeirados e talentosos que, usando da liberdade sem fronteira que ela concede, burilarão novas obras-primas em materiais desconhecidos que irão arrancar a alguma mina de Vega ou conseguirão salvar no cataclismo do Fim do Mundo.

A partir de seu cunho de mero entretenimento, a Ficção Científica oferece, portanto, também vastos tópicos de meditação sobre os benefícios e os perigos de um ilimitado progresso científico ( vide "3001- A Odisséia Final", de Arthur C. Clarke). O homem culto atual já não ignora e, se pode não chegar a ser seu admirador, ao menos respeita-a pelo que de inegavelmente útil ela tem trazido à humanidade, preparando-a psicológicamente para o melhor e o pior.

Mantenhamos, porém, sempre a esperança de que as desvantagens excessivas -e irremediáveis- resultantes do evoluir da Ciência nunca ultrapassem o domínio da simples Ficção. Até mesmo Albert Einstein, em um momento de pessimismo ao futuro da ciência, disse que "A nossa Tecnologia irá por superar a nossa humanidade". Mas não podemos nos renegar ao conhecimento e ao avanço ao "desconhecido", seja com a ciência ou nos recorrendo à "deuses de lacunas". Como disse em seu livro "Cosmos", Carl Sagan sentencia: "TEMOS SIDO SEMPRE VIAJANTES".

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